Se a importância da proteção construtiva contra desastres climáticos já foi minimizada, isso ficou no passado.
As enchentes e alagamentos que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 evidenciaram a vulnerabilidade das construções. O acontecimento provou que os edifícios devem estar preparados para eventos climáticos extremos.
Exemplos disso são as estruturas alagadas, como o Aeroporto de Porto Alegre e estádios de futebol, que ficaram submersos por semanas, causando enormes prejuízos e transtornos não só para os gaúchos.
Diante das questões climáticas, as construtoras precisam estar preparadas, adaptando seus projetos futuros, ainda em fase de planejamento e execução, para minimizar os impactos das enchentes e alagamentos.
Como? Este conteúdo abordará aspectos da proteção construtiva que podem ajudar a reduzir os danos, garantir a durabilidade das edificações e proteger os investimentos realizados.
O Rio Grande do Sul não é o único estado brasileiro vulnerável a enchentes e alagamentos. Por isso, as legislações são muito rigorosas neste critério, sejam elas do âmbito federal, estadual ou municipal.
É preciso respeitar as exigências legais para então executar o projeto em uma área propensa a alagamentos. Abaixo, conheça as principais.
Um conjunto de normas para a proteção dos biomas nativos e a conservação dos recursos naturais.
Uma das principais disposições do Código Florestal é a criação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) ao longo de rios e encostas. As APPs funcionam como barreiras naturais contra enchentes, ajudando a proteger cidades inteiras.
Estabelece diretrizes para a gestão dos recursos hídricos, com destaque para a preservação das bacias hidrográficas.
A lei promove práticas que contribuem para a proteção e a recuperação desses ecossistemas. Sendo assim, suas diretrizes garantem o escoamento de água durante períodos de chuvas intensas.
Essas leis, em conjunto, formam um arcabouço jurídico robusto que busca reduzir o risco de alagamentos e deslizamentos. Respeitá-las é garantir que os eventos vistos no estado gaúcho jamais se repitam na escala registrada.
Sabemos que ninguém gosta de burocracia. Porém, em algumas situações, a papelada é necessária. Buscar autorização para construir em áreas vulneráveis é uma delas.
Um documento atestando que as construções são capazes de minimizar impactos negativos ao meio ambiente, prevenindo a degradação de áreas nativas ou construção em locais de risco, especialmente em relação a deslizamentos.
Para a construção civil, o alvará de autorização é necessário para iniciar qualquer obra, garantindo que todas as normas urbanísticas e ambientais sejam respeitadas.
Isso inclui o estudo sobre riscos de enchentes e deslizamentos e a implementação de medidas para mitigá-los.
A gestão de resíduos sólidos estabelece boas práticas para o manejo adequado dos resíduos gerados na obra, visando à proteção ambiental e à saúde pública.
No contexto da proteção contra enchentes, a gestão adequada dos resíduos sólidos evita obstruções em sistemas de drenagem, que podem causar ou agravar enchentes.
Para construir edifícios resistentes às chuvas fortes e minimizar os impactos das enchentes, as construtoras podem adotar vários mecanismos de proteção construtiva. Conheça alguns deles.
Elevar a base do edifício acima do nível de inundação previsto é uma das estratégias mais comuns. A estratégia cria um espaço livre entre o solo e a construção, permitindo que a água passe sem causar danos estruturais.
Os elevadores de carga são essenciais para colocar isso em prática na fase de execução do projeto.
Recomenda-se instalar painéis elétricos, tomadas e interruptores em locais elevados, acima do nível de inundação previsto. Isso previne danos elétricos e reduz riscos de curto-circuito.
Concreto impermeável, revestimentos, selantes, vernizes e placas metálicas podem ajudar a evitar danos causados pela umidade e inundações. Esses materiais são menos suscetíveis à deterioração quando expostos à água.
As escoras de metal são exemplos de materiais que podem ajudar na estabilidade da edificação ainda na fase de construção.
Implementar sistemas de drenagem, incluindo calhas, tubos e bombas, é outra recomendação para desviar a água das áreas críticas do edifício, evitando o acúmulo.
Instalação de barreiras contra inundações
Barreiras físicas, como diques e paredes de contenção, podem ser construídas ao redor do perímetro do edifício para impedir a entrada de água durante chuvas intensas.
As áreas verdes podem ser entendidas como detalhes de arquitetura, mas vão muito além. A vegetação ajuda a escoar a água da chuva, aliviando a pressão sobre os sistemas de drenagem.
O armazenamento de água da chuva promove a reutilização da água captada em irrigação, limpeza e outros usos que não estão relacionados com consumo. Assim, reduz o volume que precisa ser escoado durante chuvas fortes. Piscinas são excelentes exemplos.
Não abra mão do seguro para proteger o investimento realizado no projeto. Os eventos naturais estão fora do nosso controle e ser contemplado com o prêmio da seguridade em casos extremos é um motivo de alívio.
Ao adotar essas práticas, as construtoras podem erguer edifícios preparados para enfrentar chuvas fortes, alagamentos e enchentes, protegendo tanto a estrutura, quanto os ocupantes.
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